Chuva: Água Excelente com Usos Ilimitados

Água da Chuva: A Fonte que Nunca Seca

Por milênios o Homem utilizou a água de chuva para diversas aplicações, inclusive para beber, lavar e irrigar. No entanto, nos dias de hoje, a água de chuva pode ser altamente poluída e inadequada para o uso. Contudo, esta é uma de nossas fontes mais puras de água e com o correto tratamento ela pode nos servir às mais variadas aplicações.

Quando a chuva cai sobre uma avenida ou um telhado de residência, ela se torna contaminada por tudo que toca. Mas antes de tocar uma superfície, a água de chuva é relativamente pura. Comparada com água de poço, que normalmente possui elevadas concentrações de sais, a ela é mais limpa e mais fácil de purificar. E diferentemente da água de lagos e rios, a água de chuva não contém fármacos (micropoluentes), minerais e outros poluentes.

Nós bebemos, damos descarga, tomamos banho e irrigamos com águas subterrâneas e de superfície. Porém, podemos fazer o mesmo com a água de chuva. A aplicação que desejamos ter com este tipo de água determina o tipo de tratamento necessário.

Diferente Usos da Água de Chuva

Se você for usar água de chuva para um sistema de irrigação, pouquíssimo tratamento é necessário. Basta uma peneira e no máximo um filtro de 200 mesh. O filtro impede que areia e outros sedimentos maiores entupam os bicos de irrigação. Além disto, a água de chuva é a forma natural que as plantas são irrigadas.

Já se o seu uso será na parte interna, podendo ser utilizada para limpeza de pisos e roupas, descarga e banhos, é recomendável que a água passe por alguns processos de filtração extra, além de ser importante protegê-la contra contaminação microbiana. Não é incomum que, para estas aplicações, seja adicionado algum colorante à água. Porém quando se opta por este procedimento, limita-se o uso da água.

Caso seu intuito não seja restringir o uso da água de chuva, pretendendo potabilizá-la, é importante tomar certos cuidados. Se a sua região for altamente industrializada, cuidados especiais com Compostos Orgânicos Voláteis devem ser tomados. Além disto, é de suma importância que um descarte inicial da água seja realizado (First Flush). Deve-se também ter cuidados extras com contaminação microbiana, adotando a cloração, ou outro método igualmente eficiente. Por fim, é necessário que haja correção do pH da água, afinal, a água da chuva tende a ser ácida.

Agora, se você busca utilizar a água da chuva para abastecer algum processo fabril específico, cuidados especiais devem ser tomados. É importante que a água passe por uma caracterização físico-química para em seguida enquadrá-la ao seu processo.

Atenção

Ao optar pelo uso de água de chuva, atrelado ao reuso de água, seja água cinza em aplicações residenciais e comerciais, ou mesmo reuso de efluente para aplicações industriais, sua dependência de sistemas centrais / municipais de distribuição de água pode ser reduzida drasticamente, ou mesmo zerada.

Além de impactar significativamente na redução de custos, estas etapas podem tornar o seu processo autossuficiente.

Para todas as situações a LITER possui know-how e um corpo técnico dedicado a encontrar a melhor solução para a sua aplicação.

Se você tem dúvidas em relação a qualidade da sua água, entre em contato com a LITER para que possamos auxiliá-lo a encontrar a melhor solução.

Compartilhe esse conteúdo:

Leia também

Água desmineralizada para caldeiras de alta pressão

Caldeiras de alta pressão são equipamentos destinados à produção e acumulação de vapor sob temperaturas e pressão superiores às do ambiente. O vapor produzido possui ampla aplicação em indústrias, abrangendo desde a geração de energia elétrica e movimentação de máquinas até aquecimento, limpeza e esterilização de equipamentos e superfícies. Devido às condições extremas de operação, a necessidade de controle e alta qualidade de água de alimentação se tornam essenciais para evitar adversidades operacionais, redução de eficiência e até mesmo a ocorrência de catástrofes maiores. A presença de íons de cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+) e sódio (Na+) na forma de carbonatos, bicarbonatos, sulfatos, cloretos e hidróxidos podem levar à incrustação nos sistemas, dificultando a troca de calor e o escoamento do fluido. A corrosão, por sua vez, é ocasionada pela presença de gases dissolvidos, como O₂ e CO₂, que reduzem a resistência mecânica dos materiais metálicos e comprometem a estrutura das caldeiras de alta pressão. A presença de sílica, especialmente em caldeiras de alta pressão, também é crítica, pois, nessas condições, a sílica pode volatilizar e ser arrastada com o vapor, provocando incrustações nas pás de turbinas de geração de energia, causando desbalanceamento, danos mecânicos e degradação da qualidade do vapor.

Leia Mais

Remoção de nitrato por troca iônica: a resina ideal e princípios de funcionamento

A remoção de nitrato (NO3–) presente na água utilizada para consumo humano além de necessária, é regulamentada pela portaria n° 888 do Ministério da Saúde, indicando que a concentração da substância deve ser mantida abaixo de 10 mg/L (em base N) de modo a evitar danos à saúde. Comumente se encontram fontes de água subterrânea com teores de NO3– acima do permitido, e quando isto ocorre, a troca iônica é sempre uma das alternativas consideradas como rota tecnológica para a remoção de nitrato. Para esta aplicação, as resinas aniônicas são aplicadas no ciclo Cl–, e após sua exaustão, são regeneradas com soluções de NaCl. As reações de troca iônica e regeneração são apresentadas abaixo. R representa a resina e seu grupo funcional sem fazer distinção quanto ao tipo de grupo funcional. Dois tipos de resinas podem ser utilizados para remoção de nitrato, sendo elas as Aniônicas Fortemente Básicas de tipo I (SBA Tipo I) e as resinas seletivas, sendo estas referidas como resinas com melhor desempenho e eficiência na remoção da substância. Em geral, a escolha entre esses dois tipos de resinas é feita levando em consideração a química da água, em especial a presença de sulfato (SO42-). Os fatores

Leia Mais