Mas afinal, qual o pH da água da chuva?
A água da chuva é um grande lavador de gases, absorvendo para si parte de tudo o que entra em contato com ela. Parte do que ela absorve é o CO2 (Dióxido de Carbono), que entrará em equilíbrio na água com o H2CO3 (Ácido Carbônico), que é um ácido fraco, com o HCO3– (Bicarbonatos) e com o CO32- (Carbonatos). É possível também que a chuva solubilize outras substâncias a ela que poderão aumentar a sua alcalinidade, como a poeira, por este motivo, o pH da água varia de região para região, ficando entre cinco e sete, tornando esta água levemente ácida.
Além do CO2, outras substâncias que impactam no pH podem ser absorvidas pela água da chuva, como o dióxido de enxofre (SO₂) e os óxidos de nitrogênio (NOx). Por este motivo, após grandes queimadas, por exemplo, o pH da água de chuva tende a ser mais baixo. Há inúmeros tipos de substâncias que podem ser absorvidas pela chuva, por isto, deve-se dar a atenção adequada quando a intenção é reaproveitá-la.
Se o pH da água de chuva for menor do que cinco, considera-se que a chuva é ácida. Este tipo de chuva pode causar danos a lagos, pequenos rios e vegetações, dependendo de sua intensidade. Ela pode ocorrer devido à ação do homem, decorrente de queimadas propositais ou através da absorção de gases de combustão emitidos em grandes centros urbanos. Também pode ocorrer devido a fatores naturais, através da emissão de gases de vulcões, queimadas naturais, ou mesmo extensas áreas de vegetação que perderam suas folhas – algo comum em regiões temperadas. Nestes casos, tratamentos especiais devem ser adotados.