Quais contaminantes devo monitorar na minha água de poço?

Poços privados devem ser analisados pelo menos uma vez por ano para garantir a ausência de contaminação microbiológica. Também é sensato analisar a água toda vez que ela mudar o seu sabor, odor ou aparência. Veja o artigo “Contaminação Microbiológica na Água ”

Contaminações por Ferro e Manganês em poços artesianos são relativamente comuns. Quando a concentração destes contaminantes excede o valor máximo permitido, indicado na Portaria nº 2.914, de 12 de Dezembro de 2011, a água tende a possuir uma coloração avermelhada, ou levemente marrom, além de conferir sabor metálico à água. É recomendável que seja realizada uma análise por ano para detectar a presença destes dois contaminantes. Veja o artigo “Contaminação por Ferro e Manganês”

Além disto, a água pode absorver chumbo de tubulações antigas de cobre ou latão, que foram soldadas com chumbo. Recomenda-se que seja realizada uma descarga da água destas tubulações por um período de 30 a 60 segundos antes de coletar uma amostra para análise. Veja o artigo “Contaminantes na Água Potável”

Água de poço devem ser analisada pelo menos a cada dois anos para saber se há presença em excesso de Nitrato, caso seja encontrado presença deste contaminante acima do valor máximo permitido pela Portaria nº 2.914, de 12 de Dezembro de 2011, deve-se analisar com maior frequência. Águas com valores acima de 10 mg/l de Nitrato não podem ser dadas para crianças com menos de seis meses de idade. Veja o artigo “O que é o Nitrato”

O Arsênico ocorre naturalmente, podendo estar presente nas águas de poços artesianos. O consumo prolongado deste contaminante através da água, pode aumentar a probabilidade de doenças na pele, no sistema circulatório, no sistema nervoso, nos pulmões e bexiga, incluindo algumas formas de câncer. Toda água de poço artesiano deveria ser analisada ao menos duas vezes para determinar a presença, ou não, do Arsênico na água. Veja o artigo “Arsênio”

Se crianças e adolescentes estão bebendo a água, um teste para determinar a concentração de fluoreto dará ao seu dentista uma informação útil que poderá ser levada em consideração para suplementar a adoção do mesmo no tratamento dos dentes. Algumas regiões do brasil possuem níveis que podem exceder o estabelecido pela portaria de potabilidade da água. Veja o artigo “Fluoretos”

Produtos químicos provenientes da agricultura são às vezes encontrados em poços localizados próximos de plantações ou de áreas de armazenagem destes produtos. Poços rasos são mais vulneráveis às contaminações por pesticidas do que os poços profundos. Se o seu poço está localizado em uma área rural, é sensato realizar análises dos diversos pesticidas utilizados na região. Veja o artigo “O que são micropoluentes?”

Outros contaminantes às vezes aparecem em águas de poços artesianos, porém muito menos frequente do que bactérias, Ferro, Manganês, Nitrato, Arsênico ou Chumbo. Se o poço está localizado próximo de postos de combustíveis ou de tanques de combustíveis, uma análise de “Compostos Orgânicos Voláteis” (VOCs) é indicada.

Se você tem dúvidas em relação a qualidade da sua água, entre em contato com a LITER para que possamos auxiliá-lo a encontrar a melhor solução.

Compartilhe esse conteúdo:

Leia também

O que é a UVT da água e como ela impacta seu sistema de desinfecção por luz UV

Um sistema de luz ultravioleta inativa os microrganismos presentes na água causando danos ao seu DNA, impedindo assim sua reprodução e proliferação. Contudo, para que a tecnologia seja eficaz o microrganismo deve ser exposto a dosagem de radiação adequada, o que irá propiciar o grau de remoção desejado. Alguns destes conceitos foram abordados no texto Como calcular a dosagem de luz ultravioleta para desinfecção de água? Todos os fatores citados acima são afetados pela transmitância da água, chamada de UVT. A UVT da água pode ser entendida como a quantidade de luz que é transmitida por uma amostra, de caminho óptico fixo, em um comprimento de onda fixo. A Figura 1 ilustra este conceito de UVT da água, onde inicialmente um feixe de luz com intensidade I0 é emitido através de uma cubeta de comprimento l, contendo uma amostra com determinada concentração c, a qual é capaz de atenuar o feixe de luz a uma intensidade final I. Figura 1 – Atenuação de um feixe de luz emitido em um comprimento de onda específico (λ) por uma amostra líquida com concentração c. A parcela de luz absorvida pela amostra pode ser calculada pela Equação 1, sendo que sua relação com

Leia Mais

A influência da turbidez na desinfecção com sistemas de ultravioleta

Os sistemas de ultravioleta são uma forma eficaz de fazer a desinfecção da água e efluentes, promovendo rápida inativação dos microrganismos em um curto tempo de contato. Apesar da elevada eficiência, alguns cuidados devem ser tomados durante o projeto de sistemas que irão utilizar reatores ultravioleta na desinfecção, devendo ser mantidos mesmo após a instalação, partida e operação do sistema. Dentre os contaminantes que podem afetar o desempenho de um sistema de desinfecção por luz UV, a turbidez merece destaque. Para o uso de sistemas de ultravioleta, recomenda-se que a turbidez da água ou efluente de entrada seja menor que 1 NTU, evitando a presença de partículas suspensas no interior do reator. A presença de partículas suspensas diminui a eficiência de inativação. Na Figura 1, dois mecanismos distintos de proteção aos microrganismos estão representados. Figura 1 – Mecanismo de interferência e sombreamento causado pela presença de partículas suspensas na água ou efluente. Fonte: adaptado de Crittenden et al., 2012. O desvio ou absorção parcial da luz UV pelas partículas suspensas diminui o tempo de exposição dos microrganismos, fazendo com que a dosagem efetiva do reator seja menor, ocasionando a perda de eficiência. Por se tratar de um processo complexo, é

Leia Mais