Reuso de Água Condensada de Condicionadores de Ar

Sistemas de refrigeração são baseados em evaporadores, onde fluidos refrigerantes mudam do estado líquido para vapor, refrigerando o sistema. O ar então é soprado pelo evaporador, que possui trocadores de calor, tornando-o refrigerando. A umidade presente no ar é condensada e normalmente é conduzida à rede de esgoto pluvial. Alguns prédios comerciais e industriais estão começando a capturar, tratar e utilizar esta água em seus processos e não mais descartá-la.

A água proveniente de sistemas de ar condicionado é pura, destilada e gelada. Normalmente ela precisa de pouco tratamento. Quando é destinada a torres de resfriamento ela já está refrigerada, reduzindo o consumo de energia. Dependendo da forma construtiva do equipamento e do local de instalação, esta água dispensa tratamento e já está pronta para o uso.

Outra grande vantagem em utilizar a água de condensação de sistemas de ar condicionado é que ela possui baixíssima presença de sais minerais, podendo assim aumentar o ciclo de concentração em torres de resfriamento, diminuindo a necessidade de descarte de água nestes sistemas.

Em grandes prédios comerciais, a recuperação de condensado geralmente produz água suficiente para suprir toda necessidade de água de reposição de torres de resfriamento. Em regiões de climas tropicais, que possuem elevada temperatura e umidade, recuperação de condensado é uma ótima opção. Em São Paulo, onde a umidade média do ar é superior a 70%, um estudo realizado em um centro comercial com área de aproximadamente 22.000 m² apresentou capacidade recuperação de 6.000 L de água por dia. O projeto de reuso desta água contempla o tratamento, armazenagem e distribuição da mesma.

A quantidade de água condensada produzida depende da temperatura e umidade, tanto externa quanto interna, bem como do tamanho do sistema de refrigeração local. Uma aproximação pode ser adotada para se ter ideia inicial da capacidade de captação de água para grandes empreendimentos. Durante o verão de 20 a 30 l/h para cada 1.000 m² de área refrigerada.

Apesar da água ter um grau de pureza relativamente elevado, é necessário se atentar ao tratamento adequado que deve ser realizado para cada aplicação, pois contaminações microbiológicas ou água com pH muito baixo podem ser produzidas.

Para todas as situações, sejam aplicações comerciais ou industriais, a LITER possui know-how e um corpo técnico dedicado a encontrar a melhor solução para a sua aplicação. Entre em contato conosco para que possamos auxiliá-lo a encontrar a melhor solução.

Compartilhe esse conteúdo:

Leia também

Qualidade da água de entrada para sistema de osmose reversa

A qualidade da água de entrada é um dos fatores mais determinantes para o desempenho, a confiabilidade e a vida útil de um sistema de osmose reversa (OR). Como a OR é um processo de separação por membranas, qualquer desvio na qualidade dessa água de entrada pode resultar em problemas sérios, como incrustação, fouling orgânico, formação de biofilme, aumento de consumo de energia e redução da vazão de permeado. Por isso, entender quais parâmetros definem uma boa qualidade de água de entrada e como tratá-la corretamente antes das membranas é essencial para garantir eficiência e reduzir custos operacionais. O que é a água de entrada em um sistema de osmose reversa? Chamamos de água de entrada (ou água de alimentação) aquela que chega ao sistema de osmose reversa após as etapas anteriores de tratamento, como filtração, clarificação, abrandamento ou outros processos de condicionamento. É essa água de entrada que entra efetivamente nos vasos de pressão e entra em contato direto com as membranas. Se ela não estiver dentro dos parâmetros recomendados pelos fabricantes, os riscos de falhas e paradas não programadas aumentam significativamente. Em outras palavras: não existe bom desempenho em OR com água de entrada ruim. Parâmetros críticos da

Leia Mais

Entenda quais são os problemas mais comuns em leitos mistos

Os leitos mistos de resinas de troca iônica são amplamente utilizados no polimento final da água, especialmente em sistemas que exigem elevada pureza. Em geral, esses leitos são posicionados após sistemas de desmineralização (leitos catiônicos e aniônicos em série) ou após osmose reversa, removendo os íons residuais presentes em baixas concentrações. Quando bem dimensionados e operados, os leitos mistos são capazes de entregar água com resistividades típicas na faixa de 15 a 18 MΩ.cm, atendendo aplicações críticas em geração de vapor de alta pressão, indústria eletrônica, farmacêutica, cosmética e laboratórios analíticos. Porém, justamente por operarem em condições sensíveis, também são suscetíveis a uma série de condições recorrentes que afetam a qualidade da água e a confiabilidade do sistema. A seguir, apresentamos os problemas mais comuns em leitos mistos, suas causas e boas práticas para operação, manutenção e escolha correta das resinas. Problemas mais frequentes em leitos mistos e suas causas Apesar da alta eficiência, alguns problemas se repetem na operação de leitos mistos. Em grande parte dos casos, as causas estão associadas a falhas de regeneração, projeto, operação ou manutenção. 1. Qualidade da água fora da especificação Um dos sinais mais claros de problemas em leitos mistos é a saída

Leia Mais