Como melhorar o custo de operação de um abrandador de água

custo de operação de um abrandador de água

O custo de operação de um abrandador de água depende principalmente do custo do sal e da água usados para a regeneração. Estes são os principais parâmetros que devem ser observados quando o objetivo é economizar recursos nesta operação.

Uma forma prática, e até um tanto óbvia, de minimizar este custo é garantir que não sejam utilizados mais do que 250 gramas de sal por litro de resina e que a vazão de regeneração adequada seja empregada. Doses de sal maiores que 250g/l não aumentam significativamente a capacidade da resina.

Já o fluxo excessivo de água não apenas desperdiça água, mas também pode reduzir a eficiência de regeneração. Outra forma de minimizar os custos operacionais é utilizar dosagens que economizem sal.

    

O impacto de doses econômicas de sal no custo de operação de um abrandador de água

Trabalhar com doses econômicas de sal ajuda reduzir o custo de operação de um abrandador de água. Elas se baseiam no fato de que a capacidade de abrandamento não diminui proporcionalmente com a redução da quantidade de sal utilizada para a regeneração. Acompanhe o exemplo:

Capacidade (mg/l de resina) Dosagem de Sal (g/l de resina) Eficiência de Regeneração (mg/g de sal)
68.640 250 274,56
57.200 165 346,67
50.336 125 402,69
41.641 70 594,87

Uma redução de 50% no uso de sal reduz apenas a capacidade de abrandamento em 27%. Além disso, vale ressaltar que doses mais baixas de sal requerem regenerações mais frequentes.

    

Análise de custo do abrandador

Para ponderar se a regeneração mais frequente, com dosagens mais baixas de sal, é economicamente atrativa, é preciso avaliar os seguintes fatores:

– Necessidades de água abrandada;
– Custo da água;
– Disponibilidade de água;
– Custo do sal;
– Dureza da água bruta;
– Dureza desejada da água tratada;
– Design do abrandador;
– Entre outros.

Uma desvantagem de usar menos de 250 gramas de sal por litro de resina é que pode ocorrer vazamento de dureza, caso o abrandador não seja regenerado adequadamente. Por esse motivo, uma dosagem de sal de 165g/l é frequentemente usada. Isso reduz o potencial de vazamento ao longo do uso de 125 g/l, ao mesmo tempo em que proporciona uma economia significativa de sal.

No entanto, se a dureza de entrada for muito alta e a velocidade linear estiver próxima dos limites, as dosagens econômicas de sal podem não ser ideais devido ao vazamento de dureza durante o abrandamento. Além disso, as dosagens econômicas de sal não são desejáveis se os abrandadores forem dimensionados de modo que haja necessidade de mais do que uma regeneração por dia.

Apesar dessas limitações, a regeneração econômica pode ser usada com eficácia para reduzir os custos operacionais do abrandador em muitas instalações. Eles podem ser especialmente benéficos para abrandadores grandes, pois o aumento da frequência de regeneração pode ajudar a reduzir a compactação e a formação de caminhos preferenciais.


Para aplicar os valores da sua operação, disponibilizamos uma planilha de simulação de custos. Clique aqui para fazer o download.


A Liter possui uma linha completa de resinas de troca iônica para atender todas as demandas de sua indústria. Conheça estes e outros produtos entrando em contato conosco.

Leia também: Como dimensionar um abrandador de água corretamente

Compartilhe esse conteúdo:

Leia também

Qualidade da água de entrada para sistema de osmose reversa

A qualidade da água de entrada é um dos fatores mais determinantes para o desempenho, a confiabilidade e a vida útil de um sistema de osmose reversa (OR). Como a OR é um processo de separação por membranas, qualquer desvio na qualidade dessa água de entrada pode resultar em problemas sérios, como incrustação, fouling orgânico, formação de biofilme, aumento de consumo de energia e redução da vazão de permeado. Por isso, entender quais parâmetros definem uma boa qualidade de água de entrada e como tratá-la corretamente antes das membranas é essencial para garantir eficiência e reduzir custos operacionais. O que é a água de entrada em um sistema de osmose reversa? Chamamos de água de entrada (ou água de alimentação) aquela que chega ao sistema de osmose reversa após as etapas anteriores de tratamento, como filtração, clarificação, abrandamento ou outros processos de condicionamento. É essa água de entrada que entra efetivamente nos vasos de pressão e entra em contato direto com as membranas. Se ela não estiver dentro dos parâmetros recomendados pelos fabricantes, os riscos de falhas e paradas não programadas aumentam significativamente. Em outras palavras: não existe bom desempenho em OR com água de entrada ruim. Parâmetros críticos da

Leia Mais

Entenda quais são os problemas mais comuns em leitos mistos

Os leitos mistos de resinas de troca iônica são amplamente utilizados no polimento final da água, especialmente em sistemas que exigem elevada pureza. Em geral, esses leitos são posicionados após sistemas de desmineralização (leitos catiônicos e aniônicos em série) ou após osmose reversa, removendo os íons residuais presentes em baixas concentrações. Quando bem dimensionados e operados, os leitos mistos são capazes de entregar água com resistividades típicas na faixa de 15 a 18 MΩ.cm, atendendo aplicações críticas em geração de vapor de alta pressão, indústria eletrônica, farmacêutica, cosmética e laboratórios analíticos. Porém, justamente por operarem em condições sensíveis, também são suscetíveis a uma série de condições recorrentes que afetam a qualidade da água e a confiabilidade do sistema. A seguir, apresentamos os problemas mais comuns em leitos mistos, suas causas e boas práticas para operação, manutenção e escolha correta das resinas. Problemas mais frequentes em leitos mistos e suas causas Apesar da alta eficiência, alguns problemas se repetem na operação de leitos mistos. Em grande parte dos casos, as causas estão associadas a falhas de regeneração, projeto, operação ou manutenção. 1. Qualidade da água fora da especificação Um dos sinais mais claros de problemas em leitos mistos é a saída

Leia Mais