Evidências de tratamento de água foram encontradas na Grécia Antiga e escritos em Sânscrito datando de mais de 2.000 anos antes de Cristo. Naquela época a fervura e a filtração mecânica eram os métodos empregados, porém esperava-se somente melhorar o sabor da água. A preocupação com contaminações só surgiu após os anos de 1670, quando o microscópio passou a ser utilizado por cientistas daquela época.
Nos anos de 1700 filtros feitos de lã, esponja e carvão ganharam popularidade. Porém, só em 1804 na Escócia o primeiro sistema de tratamento de água municipal, baseado em filtração lenta por areia, foi construído. Inicialmente a água era distribuída por carroças e as tubulações foram construídas três anos depois. O estabelecimento de sistemas de tratamento de água confirma que a segurança em relação a sua contaminação se tornaram uma prioridade aos oficiais públicos.
Um surto de cólera em Londres, no ano de 1854, transmitido pela água contaminada pelo esgoto municipal, criou uma nova necessidade. A água passou pelas bombas contaminadas pelo esgoto, não adquirindo gosto nem odor, sendo distribuída posteriormente a todo município. Logo cientistas iniciam suas pesquisas para evitar um novo surto, desenvolvendo assim o procedimento de cloração da água, a fim de descontaminá-la. Passaram-se mais alguns anos até que a desinfecção tornasse a ser utilizada na água “potável”.
Hoje, o método de cloração é o mais utilizado mundo a fora, sendo ele responsável por reduzir drasticamente casos de doenças relacionadas a água, como pode ser observado no gráfico abaixo, que apresenta dados dos Estados Unidos desde 1900 em números de mortes para cada um milhão de habitantes.
O gráfico abaixo apresenta bons resultados, mas seria o método de cloração o melhor método de desinfecção de água disponível atualmente? É verdade que a cloração reduziu drasticamente a quantidade de pessoas afetadas por doenças, mas também é verdade que o cloro afeta no sabor e odor da água. Além disto, se dosado erroneamente, pode ocasionar danos à saúde.
Variações de cloro e mesmo ozônio têm sido utilizados na água, porém em todas estas opções há formação de subprodutos e/ou mudanças no sabor e odor da água.
Com isto, um método alternativo de desinfecção vem ganhando espaço: o método de desinfecção por Luz Ultravioleta (UV). Ainda no ano de 1877, dois cientistas britânicos comprovaram a efetividade destas luzes em eliminar contaminações microbiológicas da água. A luz UV percorre através da água até encontrar um microrganismo e inativá-lo, eliminando assim o crescimento microbiano na água.
Tradicionalmente, os sistemas de esterilização por UV utilizam lâmpadas de mercúrio pressurizado para criar a Luz UV. Pesquisadores descobriram que os comprimentos de onda mais efetivo para atuar na desinfecção da água gira em torno de 260 e 270 nm, com o mercúrio gerando uma onda 254nm de comprimento.
Estas lâmpadas possuem decaimento baseado em horas de funcionamento, sendo a troca destas lâmpadas a única preocupação em relação a manutenção do sistema. A grande vantagem é que este sistema de desinfecção não utiliza nenhum produto químico, não gerando subprodutos, além de não alterar gosto e odor da água.
Os sistemas de esterilização por UV tem se tornado mais acessíveis a cada ano, sendo a primeira opção para diversas aplicações industriais, e não raras as aplicações comerciais e residenciais atendidas. Certamente a água tratada por este tipo de tecnologia provê uma água com qualidade muito superior à qualidade obtida por uma água tratada por cloro, justificando assim o aumento na procura deste método.
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