Poços Artesianos Privados

À medida que os custos cobrados pelo m³ da água sobem e a falta de água se difunde pelo Brasil, mais residências optam por suprir suas necessidades através de formas alternativas, onde uma dessas fontes de água acaba sendo poços artesianos. Atualmente 39% da população brasileira é abastecida por águas subterrâneas, 47% são abastecidas por águas superficiais e 14% por fontes mistas (subterrâneas e superficiais).

Um documento elaborado em 2010 pela ANA (Agência Nacional da Água), o Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água (Panorama Nacional Volume 1) mostra que 55% dos 5.565 municípios brasileiros apresentaram problemas de abastecimento diante da demanda requerida de água.

Juntamente com a perfuração de poços, podem surgirproblemas na qualidade da água, pois nem sempre elas se enquadram à Portaria nº 2.914, de 12 de Dezembro de 2011, do Ministério da Saúde. Se contaminada, a água pode causar doenças quando utilizada para consumo. As contaminações de poços podem ser provenientes de muitas fontes, incluindo:

  • Infiltrações provenientes de aterros;
  • Fossas sépticas com problemas;
  • Tanques subterrâneos de armazenagem, com vazamentos;
  • Fertilizantes e pesticidas;
  • Escoamento de águas urbanas.

Se a sua família utiliza água proveniente de poço, você sabe se ela é segura para beber? Quais riscos de saúde podem você e sua família se defrontarem? Você conhece algum especialista para aconselhá-lo?

As informações neste website poderão lhe ajudar nos primeiros passos e nossos técnicos estão prontos para atendê-lo e auxiliá-lo a resolver eventuais problemas.

O Ministério da Saúde estabelece um padrão de potabilidade da água através da norma acima mencionada. Esta norma também recai sobre proprietários de poços artesianos e semiartesianos, conforme descrito no Capítulo I desta Portaria.

Diferentemente do que ocorre nos serviços de abastecimento público de água, os poços artesianos não possuem suas águas analisadas com tanta frequência, por isto, é importante ficar atento às mudanças que ocorrem na água, considerando sabor, coloração e odor.

Tipos de Poços

De forma geral, existem três tipos de poços:

  • Poços freáticos: São poços rasos e possuem maior possibilidade de serem contaminados, pois os contaminantes presentes no solo escoam rapidamente até o lençol que o alimenta. Também são conhecidos por Caipira ou Cacimba.
  • Poços artesianos: São poços que captam águas de reservas profundas e que não necessitam de sistema de bombeamento para trazer a água à superfície.
  • Poços Semiartesianos: Diferem dos poços artesianos por não possuírem pressão suficiente para levar a água à superfície, sendo necessário a utilização de bombas.

Construção do poço

A construção adequada do poço e sua manutenção contínua são chaves para a segurança do suprimento de sua água. Você pode obter maiores informações no CREA de seu Estado, ou mesmo entrar em contato com associações.

A perfuração de poços está delimitada através de decretos federais, que exigem a licença prévia antes da perfuração, por isto a importância de entrar em contato com especialistas. Veja o Decreto Lei nº 11.445, de 5 de Janeiro de 2007.

O poço deve estar localizado em um ponto que não sofra inundações, pois a água da chuva pode trazer bactérias e produtos químicos que estão sobre a superfície para dentro do poço.

Certifique-se de que o material utilizado para perfurar o poço e para bombear a água são de boa qualidade. Tenha certeza de que a empresa responsável pela perfuração é registrada junto ao CREA de seu estado.

Mantendo o seu poço protegido

Veja também o artigo: Como Proteger o seu Poço

Para manter seu poço protegido de contaminações, fique atento se há alguma possível fonte de contaminações  por perto. Confira com a Agência Ambiental de seu estado, ou cidade os requisitos para manter seu poço resguardado. Possíveis fontes de contaminação podem incluir:

  • Fossas sépticas;
  • Granjas e silos;
  • Armazéns de fertilizantes ou agrotóxicos;
  • Tanques de combustível, ou outros químicos enterrados nas proximidades;
  • Aterros sanitários / lixões;
  • Plantações / área rural.

Abaixo algumas dicas para manter seu poço protegido:

  • Fique atento ao seu poço, verifique se há problemas , quanto antes você encontrá-los, mais fácil será reparar. Muitos proprietários se omitem do valor de uma manutenção na hora certa até que o pior aconteça.
  • Mantenha registros da instalação do poço, bem como de suas manutenções e reparos, bem como registros de testes com a bomba e análises de água. Tais registros podem auxiliá-lo a encontrar a solução para um eventual problema.
  • Proteja a área ao redor de seu poço. Seja cuidadoso ao armazenar e manusear produtos químicos e esgoto nas proximidades do poço. Boas práticas de manuseio destes produtos podem evitar problemas futuros.
  • Siga os conselhos da empresa que perfurou o poço a fim de evitar erosão e infiltração de água da superfície.

Se você tem dúvidas em relação a qualidade da sua água, entre em contato com a LITER para que possamos auxiliá-lo a encontrar a melhor solução.

Compartilhe esse conteúdo:

Leia também

Como escolher entre resinas aniônicas fracas e fortes?

As resinas aniônicas desempenham um papel fundamental nos sistemas de troca iônica destinados à remoção de ânions como cloretos, sulfatos, nitratos e sílica. Utilizadas em indústrias, hospitais, laboratórios e diversos processos críticos, elas garantem a qualidade da água desmineralizada, atendendo padrões rigorosos de pureza. Na prática, existem dois grandes grupos: resinas aniônicas fracas (WBA) e resinas aniônicas fortes (SBA). Apesar de desempenharem funções complementares, cada uma delas possui características específicas que influenciam diretamente a eficiência do sistema e o custo operacional. Neste artigo, você entenderá essas diferenças e descobrirá como escolher a resina ideal para cada aplicação, além de ver como a Liter apoia seus projetos com engenharia especializada e soluções completas. O que são resinas aniônicas e como funcionam? As resinas aniônicas são materiais poliméricos compostos por grupos funcionais com carga positiva que atraem e trocam íons negativos presentes na água. Durante a operação, esses grupos capturam ânions indesejados, retendo-os em sua matriz para liberar outro íon no lugar, geralmente hidroxila (OH⁻). Essa troca é essencial para alcançar níveis elevados de desmineralização, principalmente quando combinada com resinas catiônicas em sistemas de duas etapas ou de ciclo completo. 1. Resinas Aniônicas Fracas (WBA) As resinas aniônicas fracas possuem grupos funcionais

Leia Mais

Desinfecção avançada com ultravioleta e cloração: combinar tecnologias eleva a segurança da água

Usar ultravioleta e cloração de forma combinada cria uma barreira múltipla capaz de ampliar o espectro de inativação de microrganismos, reduzir riscos operacionais e otimizar custos. Isso porque a desinfecção representa a última “trava” de segurança no tratamento de água e onde falhas custam caro. A seguir, você entende como funciona, quando aplicar e quais cuidados de projeto e operação adotamos na Liter. Ultravioleta e cloração: entregas e limites de cada tecnologia A radiação ultravioleta (UV) atua danificando o material genético (DNA/RNA) por fotólise, impedindo a replicação microbiana. – Pontos fortes: ação imediata; não gera subprodutos químicos; eficiente contra cistos e oocistos (ex.: Giardia, Cryptosporidium). – Pontos de atenção: não deixa residual e depende de dose (mJ/cm²) e UVT da água; subdosagem pode permitir reativação. Já a cloração atua com substâncias como HOCl/OCl⁻ que oxidam estruturas celulares e enzimas; deixa residual que protege reservatórios e redes contra recontaminação. – Pontos fortes: custo competitivo; controle de biofilme/alga; essencial para distribuição e reúso com armazenamento. – Pontos de atenção: alguns organismos são mais resistentes; pode formar subprodutos (ex.: THMs/HAA5) quando mal dosado ou em água com altos precursores orgânicos; sensível a pH (HOCl é mais eficaz em pH levemente ácido/neutro). Por que

Leia Mais