O que é o pH?

A qualidade da água e o pH1 são normalmente mencionados na mesma sentença. O pH é um fator muito importante, porque alguns processos químicos só ocorrem quando a água possui um pH específico. Por exemplo, a reação do cloro livre só ocorre quando o pH da água está entre 6,5 e 8.

O pH é uma indicação da acidez de uma dada substância. Ele é determinado pelo número de Hidrogênio (H+) livre em uma substância.

A acidez é uma das mais importantes propriedades da água. Água é um solvente capaz de dissolver quase todos os íons e o pH serve como um indicador que compara alguns dos íons mais solúveis.

O resultado de uma medição de pH é determinado por uma consideração entre o número de íons H+ e o número de OH. Quando o número de íons de H+ e de OH são iguais, a água é neutra e então o pH será aproximadamente 7.

O pH pode variar entre 0 e 14. Quando o pH está acima de 7, quer dizer que a substância é básica, por outro lado, quando está abaixo de 7, a substância é ácida. Quanto mais o pH da substância se distancia de 7, para cima ou para baixo, mais básica, ou ácida é a substância.

O pH é um fator logarítmico; quando uma solução se torna dez vezes mais ácida, o pH irá cair uma unidade, ou seja, uma substância com pH 4 é dez vezes mais ácida do que outra de pH 5 e cem vezes mais ácida do que outra de pH 6.

MÉTODOS PARA DETERMINAR O pH

Existem diversos métodos para medir o pH, onde um destes utiliza tiras de papel indicador de pH. Quando a tira de papel é mergulhada em uma solução os indicadores irão mudar de cor e cada arranjo de cores indicará uma faixa de pH pré-estabelecida pelo fabricante do indicador, como demonstrado na imagem abaixo.

Este método não é muito preciso e não é recomendado para processos que exijam um controle acurado do pH. O método mais acurado de medição de pH é o método colorimétrico usado em bancadas de laboratório. Este método pode determinar valores de pH entre 5,07 e 2,03.

O ELETRODO DE pH

O eletrodo de pH está contido em um tubo que é pequeno o suficiente para colocar em um pote de amostra. Na parte interna do tubo há um fluido específico, que normalmente é o “Cloreto de Potássio a 3 M”2. Mergulhados nesta solução estão os fios de prata e platina para transmissão da corrente – este é o eletrodo – e que estão presos a um pHmetro através de um cabo.

O sistema é muito frágil, ele contém uma pequena membrana na ponta inferior do tubo, por onde entrarão os íons de H+ e OH para que o eletrodo possa determinar o pH da solução. Os íons criarão cargas negativas e positivas em cada extremidade do eletrodo. O potencial de cargas determina o número de íons H+ e OH. Quando determinado, o pH irá aparecer digitalmente no pHmetro. O potencial é dependente da temperatura da solução e por isto que a temperatura está presente no pHmetro.

QUAL É O VALOR IDEAL DO pH DA ÁGUA?

A resposta imediata é: depende de onde será utilizada a água.

Se a água for utilizada para consumo humano, a faixa de pH estabelecida pelo Ministério da Saúde, sob a Portaria nº 2.914, de Dezembro de 2011 é de 6,0 a 9,5. Não há comprovações de que o pH da água altera o pH do sangue, ou que águas mais alcalinas sejam mais saudáveis, porém águas com pH muito baixo favorece o aparecimento de corrosão em metais. Em residências onde a tubulações, ou mesmo os metais sanitários, possuam chumbo, estão mais propensas a terem contaminante liberado através do processo de corrosão, e assim ser ingerido. Por este motivo, recomenda-se a neutralização do pH da água.

Já em processos industriais, o pH deve variar de acordo com a aplicação, mas normalmente é encontrado com valores maiores do que 7,0, onde a água possui um caráter incrustante, ao invés de corrosivo. Em torres de resfriamento, por exemplo, o pH tende a ser de 7,5 a 8,5, em caldeiras o pH pode variar de 10 a 11,5, já no condensado do vapor o pH tende a valores mais próximos de 9,0.

Assim, cada processo irá exigir um pH específico.

LINHAS DE PRODUTOS

Se você tem dúvidas em relação à faixa de pH que você deve adotar em seu processo, entre em contato com a LITER para que possamos auxiliá-lo a encontrar a melhor solução.

  1. A sigla pH é proveniente das palavras “pondus Hydrogenium”, que literalmente quer dizer “peso de Hidrogênio”. 
  2. Alguns eletrodos contém um gel que possui as mesmas propriedades desta substância.”. 
Compartilhe esse conteúdo:

Leia também

Qualidade da água de entrada para sistema de osmose reversa

A qualidade da água de entrada é um dos fatores mais determinantes para o desempenho, a confiabilidade e a vida útil de um sistema de osmose reversa (OR). Como a OR é um processo de separação por membranas, qualquer desvio na qualidade dessa água de entrada pode resultar em problemas sérios, como incrustação, fouling orgânico, formação de biofilme, aumento de consumo de energia e redução da vazão de permeado. Por isso, entender quais parâmetros definem uma boa qualidade de água de entrada e como tratá-la corretamente antes das membranas é essencial para garantir eficiência e reduzir custos operacionais. O que é a água de entrada em um sistema de osmose reversa? Chamamos de água de entrada (ou água de alimentação) aquela que chega ao sistema de osmose reversa após as etapas anteriores de tratamento, como filtração, clarificação, abrandamento ou outros processos de condicionamento. É essa água de entrada que entra efetivamente nos vasos de pressão e entra em contato direto com as membranas. Se ela não estiver dentro dos parâmetros recomendados pelos fabricantes, os riscos de falhas e paradas não programadas aumentam significativamente. Em outras palavras: não existe bom desempenho em OR com água de entrada ruim. Parâmetros críticos da

Leia Mais

Entenda quais são os problemas mais comuns em leitos mistos

Os leitos mistos de resinas de troca iônica são amplamente utilizados no polimento final da água, especialmente em sistemas que exigem elevada pureza. Em geral, esses leitos são posicionados após sistemas de desmineralização (leitos catiônicos e aniônicos em série) ou após osmose reversa, removendo os íons residuais presentes em baixas concentrações. Quando bem dimensionados e operados, os leitos mistos são capazes de entregar água com resistividades típicas na faixa de 15 a 18 MΩ.cm, atendendo aplicações críticas em geração de vapor de alta pressão, indústria eletrônica, farmacêutica, cosmética e laboratórios analíticos. Porém, justamente por operarem em condições sensíveis, também são suscetíveis a uma série de condições recorrentes que afetam a qualidade da água e a confiabilidade do sistema. A seguir, apresentamos os problemas mais comuns em leitos mistos, suas causas e boas práticas para operação, manutenção e escolha correta das resinas. Problemas mais frequentes em leitos mistos e suas causas Apesar da alta eficiência, alguns problemas se repetem na operação de leitos mistos. Em grande parte dos casos, as causas estão associadas a falhas de regeneração, projeto, operação ou manutenção. 1. Qualidade da água fora da especificação Um dos sinais mais claros de problemas em leitos mistos é a saída

Leia Mais